30 de dezembro de 2023
24 de dezembro de 2023
Catálogo 100x100. Torres Novas 2023
6 de dezembro de 2023
Nashi
2023. 100x100. Tinta acrílica sobre tela.
Série Devir
.
Na Tate Modern, em 2006, vi Whaam, o díptico de Roy Lichtenstein. Nesse contacto, fui despido de alguns preconceitos e compreendi que o acto de pintar forma a uma cor eleva a composição representada a um amplo espaço de reflexão e significado. O compromisso e a meditação no método de pintura do preenchimento cuidando cada forma na sua individualidade, na aproximação, remetem para um estado de contemplação e calma que colide com a interpretação amplificada de uma vinheta, contendo uma explosão em cenário de guerra, anulando-a.
And yet… em Abril de 2012, em Luanda, alguém afixou a impressão de um comic de Silver Surfer na porta do escritório onde operava o Movimento X. Ao momento, ocorreu-me pintar a reprodução dessa imagem num dos quadros do corpo de trabalho que realizava. O impulso foi contido, não aconteceu. Contudo e tanto, a chama não se apagou na projeção do desejo de o vir a fazer no futuro.
Os guinchos, risos e vozes das crianças a brincar no recreio aqui ao lado foram substituídos por tubos de andaime batente, rebarbadoras que serram ferro e martelos pneumáticos que reconstroem sem término o muro da escola aqui na rua. Neste estúdio, no outono de 2015, pintei em catarse. Um processo de libertação de raiva, incompreensão e desespero tão violento que partiu sem conserto a grade de madeira. A tela resultante do que considerei ser uma terapia seria então publicada com o nome de Nemesis e ficou reservada com o escrito no verso: –“ficou por resolver começou a chover”. A base de Nashi.
Pintar um negativo era um projeto reservado para o culminar do ciclo de trabalhos identificados como Devir. Pintado na vertical, Nashi é um negativo. Um objecto photo-graphico que na sua inversão se revela unificado.
Na profundidade Atlântica, neste mesmo momento, Nashi, uma cria de baleia azul na cadência do nadar movimento eco advente do corpo de sua mãe, acorda para a consciência da interconectidade de um planeta que é Ela, viva, suspensa no infinito azul.
2 de dezembro de 2023
30 de novembro de 2023
25 de novembro de 2023
17 de novembro de 2023
8 de novembro de 2023
Finissage
O coletivo 100x100 e o Museu Carlos Reis convidam para a cerimónia de encerramento da 3ª edição em Torres Novas.
Sábado,
dia 11 de novembro, encerramos com o concerto - Uma Guitarra Coletiva -
por Pedro Antunes, bem como, a projeção do filme - Um por Um - uma
seleção de vídeos de cada um dos 44 artistas do coletivo.
Nesta
edição estão em exposição obras de: Aguabel, Alexa Jesus, Armando Luís,
Arnalda Maia, Bruno Marques, Cézar, Colaço, Cristiana da Silva, Daniela
Reis, Devir, Diana Barra, Diana Matoso, Elena Sanmiguel Urbina, Inês
d'Espiney, Isabel Pena, Isabel Soares Carvalho, Jaime R Ferreira, José
Coêlho, Koki Varela, Laura Lianes, Lenon B, Lucas Almeida, Madalena
Braddell, Malgorzata Pawlikowska, Maria Papa, Martîm, Mónica Silva,
Patrícia Mariano, Patrícia Matias, Patrícia Reis, Paulo Ponte, Pedro
Goes, Pedro Palrão, Rita Grancho, Ritaspalma, Roberta Rag, Rute Coelho,
Sam Abercromby, Sofia Maciel, Tanya Fryer, Tomás Serrão, Totonho,
ViAndare e Violeta Lisboa.
Na Praça do Peixe, Rua Actriz Virgínia em Torres Novas, a entrada é livre.
Bem hajam!
2 de novembro de 2023
Peace is not the opposite of violence. Peace is the opposite of hate.
(...)
What
then, shall we do, outside the shadow of hate and blame? What shall we
do from the full feeling of the loss of Israeli and Palestinian mothers?
What shall we do, knowing the keening of a mother, the whimpering of a
child cowering in a basement? Those of us whose hands are far from the
levers of power may not be able to do much except call for this and
that: ceasefires, humanitarian corridors, and so forth. I support such
calls, but for the hate cycle to reverse, people from within the warring
parties will have to do something brave.
Brave would be for Hamas to release all hostages, unconditionally and unilaterally.
Brave would be for Israel to stop the bombing and restore humanitarian supplies, unconditionally and unilaterally.
You
may think, depending on which side you are on, that neither of these is
brave; that one is simply humane and should have been done before it
even started, and the other is foolhardy given how the other side would
just take advantage of it. It is precisely such calculations that make
these brave. To advocate peace in a time of war is always brave. As one
Israeli peace activist told me a few days ago, “If you say anything,
they will slap you.”
What motivates bravery? Let’s call it
courage. Courage means, “the capacity of the heart.” It comes when we
open our hearts to actually feel. Then, if we don’t channel the grief
into despair or the anger into hate, we do whatever it takes to stop the
cycle of harm. Another cycle can take its place, with each side
responding to the other’s brave gesture with its own, as the whole world
watches, affirms, and rewards each step. Yes, I am aware of the
fruitlessness of nonviolent protests and peace movements in the past in
Israel and Palestine, but now is different. All eyes are on them. Israel
/ Palestine is now the fulcrum upon which the whole world could swing
toward peace.
Charles Eisenstein
27 de outubro de 2023
Bilastina
Agenda,
esferográfica, sala de espera e algo de esperança num reflexo incontido
de lucidez. Faço o tempo. Sou chamado com o nome todo. Paro o escrito
desenhado e sou atendido por um diagnóstico desajustado. A pressa, que
vai levar tudo, como o medo do Al Berto que existe vai ver. Gotas nos
olhos lavaram as lágrimas que não consegui chorar. Não senti melhoras e
não melhorei, mas rompendo um renascer derramei-me emboscado de
inflamação. A insensatez por programar, a mão dada de mãe e o
anti histamínico parecem funcionar. Com os olhos não se brinca, hoje
temos conquilhas, amanhã não sabemos.
A sombra da árvore em ti e todo
o ar que do muro se soltou! Desembaraço de nós velhos e bafientos num
estalido elástico de consciência. Plank! Afinado, esticado por tanto
cuida... como soa. O que arde cura. Equilíbrio imperfeito. Virtude
centrada. Tenho imenso para ti depois de me escutar atento, perdoar e
aceitar a mim. Pilares de ponte somos os tais, amanhã ou depois ligo não
te rales...
18 de outubro de 2023
Stephanorhinus Hemitoechus
Recentemente, uma ossada da mandibula de um rinoceronte com cerca de 40.000 foi encontrada perto de Torres Novas provando que nesta região viveram esses animais. No próximo sábado, na Praça do Peixe entre as 15 e as 19, três artistas encontram-se para um dialogo entre música e pintura ao vivo numa experiência única de puro improviso.
Existirá uma ligação tangível entre uma criatura do Pleistoceno e a realidade do Antropoceno? – Essa é a questão que iremos moldar com este concerto visual no 100x100Lab.
A entrada é livre.
Hugo Marques – Cordas
Miguel Antunes – Pintura
João Brunho – Percussão
Ilustração base de Stephanorhinus Hemitoechus por Maija Karata (2020).
***
16 de outubro de 2023
Paz pela Paz
Últimas semanas da 3ª edição da 100x100. Não perca a oportunidade de ver as obras de Aguabel, Alexa Jesus, Armando Luís, Arnalda Maia, Bruno Marques, Cézar, Colaço, Cristiana da Silva, Daniela Reis, Devir, Diana Barra, Diana Matoso, Elena Sanmiguel Urbina, Inês d'Espiney, Isabel Pena, Isabel Soares Carvalho, Jaime R Ferreira, José Coêlho, Koki Varela, Laura Lianes, Lenon B, Lucas Almeida, Madalena Braddell, Malgorzata Pawlikowska, Maria Papa, Martîm, Mónica Silva, Patrícia Mariano, Patrícia Matias, Patrícia Reis, Paulo Ponte, Pedro Goes, Pedro Palrão, Rita Grancho, Ritaspalma, Roberta Rag, Rute Coelho, Sam Abercromby, Sofia Maciel, Tanya Fryer, Tomás Serrão, Totonho, ViAndare e Violeta Lisboa nesta exposição coletiva.