- O Quinto Estado -
Painel - Interpretação do quadro «Il Quarto Stato». 1901 de Giuseppe Pellizza
Tinta de água, carvão, grafite e fixador sobre telas fixas entre si.
150 x 211 x 3 cm
Painel "O Quinto Estado" realizado para a mostra OИAMUH na Sagrada Família.
O quadro que deu origem a este exercício remonta a 1901 e é da autoria do mestre italiano Giuseppe Pelliza (da Volpedo). A ideia de fazer um exercício de interpretação deste quadro vinha de longe, foi maturando e teve de Ser. Conjugou-se um desejo que acendeu a vontade de querer ver por não ter visto. Saiu, entrou.
Mas: - O que tem este trabalho a ver comigo? O que tem um painel realizado a carvão que foi um dia árvore a ver com um local como Lisboa no século XXI? O que acrescenta ao contexto uma reprodução monocromática de uma obra do século passado? Obra feita ou em processo? Estarei com falta de criatividade, cansado, consumido ou sem cor que me assista? Será este mais um elemento votado ao esquecimento ou um passo consumado em direcção a: tudo? Nada? Superar o quê, quem, como, eu? Superamos-nos? Êxodo ou Volta? Estética verborreia ou erudita paleta? Actual, banal ou o piropo bacanal? Fazer grande para vender caro ou mergulhar solvendo? Necessidade ou compasso de espera? Esperas-me? Humana tendência recalcada de agradar ao próximo ou desejo inflamado de auto descoberta consumado consumindo-me? Frágeis perguntas ou sólidas respostas? Sublime processo, saudade abraçada, terna solidão que garantida tanto gosto.
Ponto de fuga: tu.
Alfama. Lisboa.
Dezembro, 2016
Painel - Interpretação do quadro «Il Quarto Stato». 1901 de Giuseppe Pellizza
Tinta de água, carvão, grafite e fixador sobre telas fixas entre si.
150 x 211 x 3 cm
Painel "O Quinto Estado" realizado para a mostra OИAMUH na Sagrada Família.
O quadro que deu origem a este exercício remonta a 1901 e é da autoria do mestre italiano Giuseppe Pelliza (da Volpedo). A ideia de fazer um exercício de interpretação deste quadro vinha de longe, foi maturando e teve de Ser. Conjugou-se um desejo que acendeu a vontade de querer ver por não ter visto. Saiu, entrou.
Mas: - O que tem este trabalho a ver comigo? O que tem um painel realizado a carvão que foi um dia árvore a ver com um local como Lisboa no século XXI? O que acrescenta ao contexto uma reprodução monocromática de uma obra do século passado? Obra feita ou em processo? Estarei com falta de criatividade, cansado, consumido ou sem cor que me assista? Será este mais um elemento votado ao esquecimento ou um passo consumado em direcção a: tudo? Nada? Superar o quê, quem, como, eu? Superamos-nos? Êxodo ou Volta? Estética verborreia ou erudita paleta? Actual, banal ou o piropo bacanal? Fazer grande para vender caro ou mergulhar solvendo? Necessidade ou compasso de espera? Esperas-me? Humana tendência recalcada de agradar ao próximo ou desejo inflamado de auto descoberta consumado consumindo-me? Frágeis perguntas ou sólidas respostas? Sublime processo, saudade abraçada, terna solidão que garantida tanto gosto.
Ponto de fuga: tu.
Alfama. Lisboa.
Dezembro, 2016