31 de outubro de 2012
A Raiva
Raiva from Devir on Vimeo.
Breve introdução da peça a Raiva levada a cena pela companhia de teatro Enigma.
Angola. Luanda.
2012
30 de outubro de 2012
29 de outubro de 2012
21 de outubro de 2012
2 em 1.
Corte ainda fresco depois da 1ª prova de contacto. Á meses largos que não cortava um stencil. Nada se compara a um corte de stencil. A beleza de todo o processo, a evolução de cada fragmento e forma no peso da composição, o redesenhamento antes e durante a separação cirúrgica, o chegar ao fim do corte e preparar imediatamente a base para pintura. Tem de ser dado e logo, para num momento, como por revelação todo o processo culminar em surpresa, sempre única.
Algo
Azóia
21-10-2012
15 de outubro de 2012
Cura
A Cura
21 x 15 cm
A Cura consiste num desenho realizado quase na sua totalidade no Hospital Amadora Sintra. Inicialmente no corredor, depois no quarto, depois em salas de espera de consultórios, etc. Por este facto, a intensão durante todos os momentos de concepção foi a de Cura. De melhoras. De anulação de sofrimento. Perante uma aflitiva sensação de impotência desenhei o original para o meu pai que na Primavera mandou uma valente queda que o imobilizou. A mim fez-me repensar a nossa relação e o quanto somos frágeis mas também tão fortes desde que conscientes de que uma cura é possível. Hoje estive com ele e depois, de um já longo, processo de recuperação está melhor, muito melhor. Acreditamos de que este desenho aliado á fisioterapia deu o seu contributo para que melhora-se. E é baseado na crença de que contribuiu para as suas melhoras que o partilho.
13 de outubro de 2012
The Dancers
The Dancers II
110 x 110 x 2
Elinga.
2012
The Dancers II consiste na evolução de um conceito realizado em 2011. No seu arranque decidi pintar uma tela integralmente de preto para perceber o que me sugestionava e qual a solução que encontraria confrontando essa base. Sem compromisso comecei o preenchimento desenhando corpos a tinta de esmalte preta. Corpos que interagiam entre si, corpos que se contagiavam pelo toque, pela visão, pelos seus pontos de apoio, pela sua integração no todo da composição. Depois de algumas horas de trabalho percebi para minha surpresa que tinha nascido ocasionalmente um conceito; The Dancers é uma metáfora gráfica do universo artístico onde a análise de trabalho e vida influenciam interpretações artísticas, resultando todos eles numa posição complexa, detalhada e individualizada mas em equilíbrio. The Dancers são um paralelismo de uma segurança social baseada em conciência colectiva, apoiando-nos, dando e recebendo sem olhar a posição ou composição é possível num belo dia encontrar um perfeito equilíbrio e harmonia seja qual for o local ou ângulo do quadro. Que roda.
11 de outubro de 2012
Preenchimento
Space time and being onde? Enchimento necessário aquecimento desvairado dinâmico carregado intrínseco dissecado, vadia imaginação corrida projectada desenfreada na forma do elemento. Uma cor. Um rebento, semente de fuga de restauração necessária absoluta desconectada pela sua formula quase desapropriada. Chega o tempo da palavra da verdade necessária. Finisterra arbitrária, moagem antiquária. Pecuária descontinuada. Regra de ouro: - quebrada! Síntese aquática fragênciazulada leve ausente de brisa encarneirada autentica desnecessária. Preenchimento revolucionária. Complicada venda. Mostra dádiva. Confronto inerente. Desmentida e irreverente. Absoluta congregação. Proibida demonstração. Não! Ai então, dár-se-á alguma razão. Espécie rara em contra-mão de encontro á viciada visão. Placidez. Movimento. Resultado associado a uma nobre vassalagem de um processamento apoiado honestamente sagrado. Realizado. Projectado e de muitos sorrisos, lágrimas e contusões marcado. Teste. Testa! Desencadeia. Realiza. Segue. Sonha. Voa. Concretiza. Ego anulado. Objectivo alcançado. Abraço desejado. Proibida fixação de um vôo alcançado. Agarrado. Acreditado pela dinamica de um galope sincronizado. Equilibrado, apesar de muitas vezes desacreditado. Com a sina veio o ritmo, com ela surge sem esforço a rima. Acréscimento alargado. Almejado nos poréns do integrado. Integrado num vôo nunca antes ensinado. Revelado pela mãe, para um pai depois de um filho. Sequencia natural de uma conexão humanista, universal. Contacto, chegada, abraço, largada. Dentes de leão. Vôos de exploração. Vida volátil, vento espelho largada espalhada. Água necessária. Salgada. Goles engoles de ti já em ti. Sempre em ti. Restauro circulação. Ingestão demoção registo cristalização. Consciência responsável da leitura gestão e da sua multiplicação. Bling plam nicles só reenterpretação! Canais poder e recreação. Pesquisa evolução. Um beijo sem condicionada emoção. Revelação. Remate. Tento simplório de revolução. Anarquia reutilização. Um livro? A salvação. Vir. A vir virá sem qualquer dúvida de conclusão. Falta o resto, está em branco. Vem a caminho, não tem descanso. Não tem tendo o tão merecido avanço. O futuro a noz pertence na gargalhada de cada semente. Inspiração, vã glória momentânea. Ecos no tempo, responsabilidade no passado incontornável da força do nosso vento. Que tempo, que miséria, que descrença tamanha manha, medonho adormecimento o legal público arrefecimento. Onde ficou o sonho? Onde está o alento do calor da esperança? No gozar? No ficar? No manter? No ressacar? Na dúvida cheia de saber ou na inconstante vontade de ter? Perguntas sem resposta na sentida solução. Questões emanecipadas pela força de um sonho. Da razão! Insatisfeito preenchimento da gráfica fórmula do momento. Busca por tempero sabor verdadeiro alimento. Vermelho natural é o tomate não qualquer sugestão. Soube bem a frescura da directa libertação. Preenchimento preenchido.
10 de outubro de 2012
9 de outubro de 2012
Abraça Alguém
Abraça Alguém. from Devir on Vimeo.
Video curtinho que termina com um curioso problema técnico que acaba por ficar bem no quadro.
Cabo Espichel.
Outubro.
2012
Outubro.
2012
5 de outubro de 2012
1 de outubro de 2012
Luz Lente
Tomar
"A Ordem de Cristo não tem graus, templo, rito, insígnia ou passe. Não precisa reunir, e os seus cavaleiros, para assim lhes chamar, conhecem-se sem saber uns dos outros, falam-se sem o que propriamente se chama linguagem. Quando se é escudeiro dela não se está ainda nela; quando se é mestre dela já se lhe não pertence. Nestas palavras obscuras se conta quanto basta para quem, que o queira ou saiba, entenda o que é a Ordem de Cristo — a mais sublime de todas do mundo.
Não se entra para a Ordem de Cristo por nenhuma iniciação, ou, pelo menos, por nenhuma iniciação que possa ser descrita em palavras. Nãos se entra para ela por querer ou por ser chamado; nisto ela se conforma com a fórmula dos mestres: «Quando o discípulo está pronto, o Mestre está pronto também.» E é na palavra «pronto» que está o sentido vário, conforme as ordens e as regras.
Fiel à sua obediência — se assim se pode chamar onde não há obedecer — à Fraternidade de quem é filha e mãe, há nela a perfeita regra de Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Os seus cavaleiros—chamemos-lhes sempre assim — não dependem de ninguém, não obedecem a ninguém, não precisam de ninguém, nem da Fraternidade de que dependem, a quem obedecem e de que precisam. Os seus cavaleiros são entre si perfeitamente iguais naquilo que os torna cavaleiros; acabou entre eles toda a diferença que há em todas as coisas do mundo. Os seus cavaleiros são ligados uns aos outros pelo simples laço de serem tais, e assim são irmãos, não sócios nem associados. São irmãos, digamos assim, porque nasceram tais. Na ordem de Cristo não há juramento nem obrigação.
Ela, sendo assim tão semelhante à Fraternidade em que respira, porque, segundo a Regra, «o que está em baixo é como o que está em cima», não é contudo aquela Fraternidade: é ainda uma ordem, embora uma Ordem Fraterna, ao passo que a Fraternidade não é uma ordem."
Fernando Pessoa
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