Acervo

 



Descendo a barra ao seu tempo, acede a 1 volume vivo de fotografias de alguns dos meus quadros.

Considerar comprar um dos meus originais é: um investimento em mim, na continuidade dos meus processos de investigação, conectar com uma vivência de criação única, madura e inspiradora, criar um vinculo de honesta partilha e abertura, abrir a possibilidade de coabitar com uma obra que originalmente cristaliza um reflexo consciente num mapa de continua diversidade, único, em devir, celebrando vida.

Por conseguinte, considero com clareza, que uma colecção de arte contemporânea que abarque artistas portugueses e não tenha, pelo menos, um Devir ou desconheça a existência do meu trabalho, está incompleta e considera-lo, não é falta de humildade, é uma evidência natural da continuada entrega.

Abro-me a um novo ciclo, onde, em oposição ao que tenho vindo a fazer ao longo deste caminho, dou a possibilidade, a quem por bem deseje, de viver com uma das minhas criações sabendo que daí advém o retorno necessário para em pleno continuar e continuarei.

Cumpro neste momento cada dia do meu 50º aniversário, uma boa desculpa para a aparente distancia. Em verdade, dou um vagar diferente ao tempo , dando prioridade à claridade de cada momento, constatando, paternidade, primor e cura com a arte ao meu redor. Por isto, sou grato e nesse fio de gratidão me nutro e encontro a alegria de fazer. Ser.

A arte encontrou-me para curar o meu ser encontrando equilíbrio num estado de alerta curiosidade e permanente aprendizagem. A arte e a inspiração encontraram-me sempre num espaço, tempo e recursos para o poder gerar, transformar, avaliar e fruir. Uma vivência, a minha prioridade, o meu equilíbrio biológico, energético e espiritual. Nada de novo, um museu de um sonho saído, que se mostra em cada degrau do desenrolar da película. Beleza. Saltos de fé, incerteza, capacidade de adaptação e o implementar da criatividade vivencial, o despertar e o seu estudo. Presenciar o amor no acto de criação. Encontrar e cuidar, criar e acreditar na infinitude do teu horizonte. Ser contributo da minha melhor versão improvisada em cada agora vai. A placidez do verbo, o gesto pincelado, ritmo, dança e cadência. Forma sem fórmula confiante. Composição visual. Celebração. Ser Amor.

Um dia de sol a pique em Barcelona perguntaram-me qual a minha melhor obra. - a que me falta fazer e ainda não fiz. Respondi de uma, faço o mesmo agora. Cada momento um estado neutral que anula o "melhor" progredindo sem o peso da comparação abrindo alas à compreensão, manifestação da experiência e sentir com todo o corpo moldando inocência.

Abraço propostas e processos de aberta co-criação que subentendam respeito, escuta, amizade e abundância. Adorava mergulhar no teu retrato dançando, conhecer o teu desejo, visão e com que cores? Juntos vamos pintar o teu quadro, podemos só caminhar na cadência das ondas, podemos ser em silêncio e contemplação, tomar banhos em cor, cantar perguntas que não têm resposta, aprender-mos outro olhar. E, verticais, caminharmos bem bonito numa obra que é a tua.

 

 

 

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Docilitas
2020
105x 150 cm

 

 

 


 Au Revoir Melanie

2022
60 x 60 cm

 

 



Ipsis Verbis
Jan. 2023
50 x 70 cm




Composição 3
2020-23
Acrílica sobre tela


 

Canção da borboleta. 2021. 

Acrílica sobre tela. 100x100 cm

Passos pequenos, superfícies enormes. Formas veladas sobrepostas, juntas, conectadas por desejo firmado em sonho. Um processo de acrílica pintura que na sua progressão foi lenta e livre fruiu cada momento e gesto como espelho. Na revelação, no encontro do limite da sugestão das distintas leituras, no toque e interacção de cada tonalidade e volume, fluxo, fracturas, dobragens, quedas, ascensão, equilíbrios sinuosos, lucidez e verticalidade. Densidade caleidoscópica onde sutis graus de desfazamento antecipam um novo lugar. Flexíveis padrões de movimento que convergem num encadeamento de reinvenção que dissolve tempo com vagar. Beleza. Natural linguagem, que integrando todos os mecanismos de hibridação anteriores, paradoxalmente os anula num pulsar inocente que, como um recém nascido, vem envolto na diversidade de combinações que ele próprio gera. Composição dinâmica que consolida a progressão de cada posição que a antecede na abertura de um espaço para a frente em projecção de futuro, só futuro, que soltando amarras, tudo perdoa, confiando por compaixão à luz de um amor universal que avança sem percas nem competição. Natural reflexo, combinado com humilde contemplação, integrada no encontro do amor na busca da sua essência. Passos pequenos, superfícies enormes.

 

A Canção da Borboleta, quando rodada no sentido inverso dos ponteiros, devolve quatro composições:

Prelúdio. Entrega. Caudal e Concórdia.

 

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Song of the Butterfly

2021

Tiny little steps, gigantic surfaces. Overlapping glazed shapes, connected together by desire writen in a dream. A painting process that slowly and freely engaged each moment and gesture as a mirror meeting the eyes of the observer, in the touch and interaction of each tonality and volume, flow, fractures, folds, falls, ascent, sinuous balances, lucidity and vertical presence. A kaleidoscopic density where subtle curtines of lectures anticipate a new structure. Flexible patterns of movement used in a chain of reinvention that embraces time slowly dissolving it.  Beauty. Natural language, which, by integrating all the previous hybridization mechanisms, paradoxically deletes them out in an innocent pulse that, like a newborn, comes involved in the diversity of combinations that it self generates. A composition that resume each moment that precedes it, opening a space forward, projecting  the future, only future free from ties with the past, forgiving, trusting with compassion in the light of universal love that evolves without loss or competition. Natural reflex, combined with humble contemplation integrated trought the re-encounter of love in search of its essence. Small steps, gigantic surfaces.

 

The Butterfly Song, when rotated clockwise, returns to observation four compositions:

Prelude. Concord. Flow and Delivery.










V
Série Seiva 2013
49,7 x 70 cm









Red Dot
2010
111 x 112 cm






Bowie
2016
50 x 70 cm
Acrílica sobre tela




Evidência
2014 ~ 17
50 x 70 cm
 
 




Plasta nº1
2010 ~ 18
81 x 65 cm






Cromantique
2017
40 x 40 cm
.




Janeira
2016 
100 x 100 cm

 

 




Rose
2018
37 x 40 cm
.
 
 
 

Unaceptic

2014

60 x 40 cm




Catálogo
2010 ~ 18
50 x 70 x 10 cm







Sumiê
2017 ~ 18
133 x 180 x 22 cm




Moravia
2018
100 x 80 cm



G5
2016
100 x 80 cm
Acrílica sobre platex





Chave Mestra
2014
250 x 121 cm




 
Quinto Estado
2015
210 x 150 cm
.





Wappu
2018
Acrílica sobre seda
62 x 185 x 10 cm



 CacilhasVI
2018
112 x 81 cm
Acrílica sobre mapa 1998






Lys I
Out. 2017
80 x 65 cm
grafite sobre tela




Lys II
Jan. 2018
80 x 65 cm
acrílica sobre tela





Ensaio sobre Guernica
de Pablo Ruiz Picasso
2018
105 x 150 cm
.



Igor
2017
60 x 80 cm
.



Arlekin
serie RA100
2017
45 x 61 cm
.



Dancers 1
2010
90 x 90 cm
.






Busto III
2015
50 x 70 cm
.




Face
2015
30 x 40 cm
.






Beautiful  Stranger 
Serie RA 100 Arroios
2017~18
Dimensões variáveis
Composição fotográfica sobre madeira
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Coral
2014
110 x 60 cm
.






Picazzo
Maio 2007
83 x 185 cm com moldura
.





Eufémia
2008
Acrílica sobre tampo de máquina de lavar reutilizado
60 x 60 cm
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