Acervo

 



Descendo a barra ao seu tempo, acede a 1 volume vivo de fotografias de alguns dos meus quadros.

Considerar comprar um dos meus originais é: um investimento. Na continuidade dos meus processos de investigação, conectar com uma vivência de criação única, madura e inspiradora, criar um vinculo de honesta partilha e abertura, abrir a possibilidade de coabitar com uma obra que originalmente cristaliza um reflexo consciente num mapa de continua diversidade em e por devir, celebrando vida.

Por conseguinte, considero com clareza, que uma colecção de arte contemporânea que abarque artistas portugueses e não tenha, pelo menos, um Devir ou desconheça a existência do meu trabalho, está incompleta e considera-lo, não é falta de humildade, é uma evidência natural da continuada entrega.

Abro-me a um novo ciclo, onde, em oposição ao que tenho vindo a fazer ao longo deste caminho, dou a possibilidade, a quem por bem deseje, de viver com uma das minhas criações sabendo que daí advém o retorno necessário para continuar.

A arte encontrou-me para curar o meu ser encontrando equilíbrio num estado de alerta curiosidade e aprendizagem. A arte e a inspiração encontraram-me sempre num espaço, tempo e recursos para o poder gerar, transformar, avaliar e fruir. Uma vivência, uma prioridade, o equilíbrio biológico, energético e espiritual. Nada de novo, um museu de um sonho saído, que se mostra em cada degrau do desenrolar da película. Beleza. Saltos de fé, incertezas, capacidade de adaptação e o implementar da criatividade vivencial, o despertar e o seu estudo. Presenciar o amor no acto de criação. Encontrar e cuidar, criar e acreditar na infinitude do teu horizonte. Ser contributo da minha melhor versão em cada recomeçar. A placidez do verbo, o gesto pincelado, ritmo, dança e cadência. Composição visual. Celebração. Ser Amor.

Abraço propostas e processos de aberta co-criação que subentendam respeito, escuta, amizade e concórdia. Adorava mergulhar no seu retrato dançando, reconhecer o seu desejo, visão e com que cores? Juntos vamos pintar o seu quadro, podemos só caminhar na cadência das ondas, podemos ser em silêncio e contemplação, cantar perguntas que não têm resposta, aprender outro olhar. E, verticais, caminharmos numa obra que é a sua.

 

 


 

 

 


- Entendimento & Concórdia -

59.5 x 52.3x1,6 cm

2024

Tinta acrílica sobre madeira. Série Devir

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


- Nashi -

2023. 100x100cm. 

Tinta acrílica sobre tela.
Série Devir
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Os guinchos, risos e vozes das crianças a brincar no recreio aqui ao lado foram substituídos por tubos de andaime batente, rebarbadoras que serram ferro e martelos pneumáticos que reconstroem sem término o muro da escola aqui na rua. Neste estúdio, no outono de 2015, pintei em catarse. Um processo de libertação de raiva, incompreensão e desespero tão violento que partiu sem conserto a grade de madeira. A tela resultante do que considerei ser uma terapia seria então publicada com o nome de Nemesis e ficou reservada com o escrito no verso: –“ficou por resolver começou a chover”. A base de Nashi.
Pintar um negativo era um projeto reservado para o culminar do ciclo de trabalhos identificados como Devir. Pintado na vertical, Nashi é um negativo. Um objecto photo-graphico que na sua inversão se revela unificado.
Na profundidade Atlântica, neste mesmo momento, Nashi, uma cria de baleia azul na cadência do nadar movimento eco advente do corpo de sua mãe, acorda para a consciência da interconectividade de um planeta que é Ela, viva, suspensa no infinito azul.

 

 

 

 

 

 
 
 - Anna -
2016
Acrílica sobre madeira
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- Arminho -

50x40 cm . 2019

Estudo a giz sobre algodão

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- A Visita -
2019
50x70cm
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Materiais: Tintas acrílicas, spray acrílico, pastel seco, grafite, goma laca, V7, fixador DAS13 matte e tempo.
Algumas obras são o que querem ser além da vontade ou pré-difinições do seu criador. Pelos momentos e atmosferas que atravessam durante a sua concepção, cristalizam energias e atmosferas que por camadas surpreendem e dirigem para um resultado inesperado e insólito. Estas, são normalmente as obras seminais que abrem afluentesna composição final do legado do seu autor. A Visita assume-se como uma dessas obras porque foi o ponto de partida experimental para o que eu viria a chamar de sugestionismo e que deu origem a outras obras posteriores, nomeadamente, Composição III (2020) e a Canção da Borboleta (2021). A tela que por muito tempo aguardou resolução, foi incorporando desenho e afinações de cor que se revelaram passo a passo em direcções intercaladas.
O tempo e disponibilidade com vagar, bem como a permanente acessibilidade foram decisivos na sua concepção. Fixa na parede do atelier, resultou de processos de preenchimento e subtracção durante muitas sessões recebendo pressão e decalque. Durante a sua palingenesis, o encontro do livro A Nova Terra de Omraam Mikhael Aivanhov integrado no meu processo de desenvolvimento pessoal e espiritual, trouxeram consigo opções cromáticas experimentadas nesta tela. Este quadro documenta essa evolução de consciência provando-a enquanto alvo de dinâmica meditação. Em detrimento do que é, o Ser criante.
A reprodução de Angelus Novus (1920) de Paul Klee afixada na parede do atelier (colada no verso), de forma subtil e assertiva, viria a ser a evidência que a emanência devolvida por outras obras envolve e condiciona os processos de criação. Em inspiração inconsciente fui tomado de uma urgência de cristalizar energia angélica nos vários elementos e manifestações da composição, que em desequilíbrio se alinharam numa leitura em continuum balanceiada entre inocência e maturidade. Em vertical reconhecimento foi pintado o escrito «ANJO» assumido como mnemónica integrante da composição.
São todos os seres e entes que habitam a Visita que nos chegam, ou seremos nós, enquanto observadores contemplativos, que os visitamos nas suas várias dimensões?





 - Gagarin -
2022-23
50x70cm
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 - Docilitas -
2020
105x 150 cm
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 - Au Revoir Melanie -

 2022

60 x 60 cm 
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 - Ipsis Verbis -
Jan. 2023
50 x 70 cm
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- Composição 3 -
(Breeze Blocks) 
  2020-23
Acrílica sobre tela


 

- Canção da borboleta -

2021. 

Acrílica sobre tela. 100x100cm

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Passos pequenos, superfícies enormes. Formas veladas sobrepostas, juntas, conectadas por desejo firmado em sonho. Um processo de acrílica pintura que na sua progressão foi lenta e livre fruiu cada momento e gesto como espelho. Na revelação, no encontro do limite da sugestão das distintas leituras, no toque e interacção de cada tonalidade e volume, fluxo, fracturas, dobragens, quedas, ascensão, equilíbrios sinuosos, lucidez e verticalidade. Densidade caleidoscópica onde sutis graus de desfazamento antecipam um novo lugar. Flexíveis padrões de movimento que convergem num encadeamento de reinvenção que dissolve tempo com vagar. Beleza. Natural linguagem, que integrando todos os mecanismos de hibridação anteriores, paradoxalmente os anula num pulsar inocente que, como um recém nascido, vem envolto na diversidade de combinações que ele próprio gera. Composição dinâmica que consolida a progressão de cada posição que a antecede na abertura de um espaço para a frente em projecção de futuro, só futuro, que soltando amarras, tudo perdoa, confiando por compaixão à luz de um amor universal que avança sem percas nem competição. Natural reflexo, combinado com humilde contemplação, integrada no encontro do amor na busca da sua essência. Passos pequenos, superfícies enormes.

 

A Canção da Borboleta, quando rodada no sentido inverso dos ponteiros, devolve quatro composições:

Prelúdio. Entrega. Caudal e Concórdia.

 

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Song of the Butterfly

2021

Tiny little steps, gigantic surfaces. Overlapping glazed shapes, connected together by desire writen in a dream. A painting process that slowly and freely engaged each moment and gesture as a mirror meeting the eyes of the observer, in the touch and interaction of each tonality and volume, flow, fractures, folds, falls, ascent, sinuous balances, lucidity and vertical presence. A kaleidoscopic density where subtle curtines of lectures anticipate a new structure. Flexible patterns of movement used in a chain of reinvention that embraces time slowly dissolving it.  Beauty. Natural language, which, by integrating all the previous hybridization mechanisms, paradoxically deletes them out in an innocent pulse that, like a newborn, comes involved in the diversity of combinations that it self generates. A composition that resume each moment that precedes it, opening a space forward, projecting  the future, only future free from ties with the past, forgiving, trusting with compassion in the light of universal love that evolves without loss or competition. Natural reflex, combined with humble contemplation integrated trought the re-encounter of love in search of its essence. Small steps, gigantic surfaces.

 

The Butterfly Song, when rotated clockwise, returns to observation four compositions:

Prelude. Concord. Flow and Delivery.










- V -
Série Seiva 2013
49,7 x 70 cm
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- Red Dot -
2010
111 x 112 cm






  - Black Star -
2016
50 x 70 cm
Acrílica sobre tela
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- Evidência -
2014 ~ 17
50 x 70 cm
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  - Plasta nº1 -
2010 ~ 18
81 x 65 cm
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  - Cromantique -
2017
40 x 40 cm
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  - Janeira -
2016 
100x100 cm
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  - Rose -
2018
37 x 40 cm
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 - Unaceptic -

2014

60 x 40 cm




  - Catálogo -
2010 ~ 18
50 x 70 x 10 cm
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  - Sumiê -
2017 ~ 18
133 x 180 x 22 cm
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  - Moravia -
2018
100 x 80 cm
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  - G5 -
2016
100x80 cm
Acrílica sobre platex
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- Chave Mestra -
2014
250 x 121 cm
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- Quinto Estado -
2015
210 x 150 cm
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  - Wappu -
2018
Acrílica sobre biombo
62 x 185 x 10 cm
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  - Cacilhas VI -
2018
112 x 81 cm
Acrílica sobre mapa mundi (1998)
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  - Lys I -
Out. 2017
80 x 65 cm
grafite sobre tela




  - Lys II -
Jan. 2018
80 x 65 cm
acrílica sobre tela
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  - Ensaio sobre Guernica -
2018
105 x 150 cm
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- Igor -
2017
60 x 80 cm
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  - Arlekin -
serie RA100
2017
45 x 61 cm
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  - Dancers 1 -
2010
90 x 90 cm
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  - Busto - nº3
2015
50 x 70 cm
Micron sobre papel
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  - Beautiful  Stranger -
Serie RA 100
2017~18
Dimensões variáveis
Composição fotográfica sobre platex
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  - Coral -
2014
110 x 60 cm
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  - Picazzo -
Maio 2007
83 x 185 cm
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- Eufémia -
2008
Acrílica sobre PVC
60 x 60 cm
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