28 de abril de 2015

sarapilheira





Manteigaria de Lisboa.
27 de Abril.

25 de abril de 2015

Massa


Ser. Apoio. Teresa. Teresas. Afecto. Afectos. Análise. Visão. Celebração. Solidão. Saudade. Beijo. Flores. Busto. Peito. Canto. Maria. Conhecimento. Recomeço. Marias. Mãos. Reconhecimento. Corrente. Revisão. Liberdade. Libertação. Trabalho. Unidade. Preenchimento. Vida. Sol. Desejo. Nascimento. Percurso. Emoção. Circuito. Derivação. Cósmico. Dia. Harpa. Contacto. Voz. Toque. Matéria. Congregação. Nova. Celebração. Válida. Acção. Reunião. Entrega. Recepção. Alimento. Pulmão. Troca. Olhar. Integrar. Aceitar. Noite. Crescer. Partilhar. Fundo. Retomar. Respirar. Memória. Ligar. Eléctrico. Confirmar. Alma. Ausência. Distância. Aceitação. Passagem. Peça. Puzzle. Integração. União. Manteiga. Vôo. Pão. Transformação. Rir. Ir. Sentir. Vir. Chorar.  Crescer. Consolidar. Voltar. Dar. Entregar. Reflectir. Crianças. Brincar. Cantar. Desenhar. Cor. Vibrar. Intuir. Chegar. Emanar. Toque. Sonhar. Acordar. Acreditar. Celular. Agradecer. Vento. Alto. Chuva. Fresco. Recomeçar. De novo. Abraçar. Amasso.






- PÃO -

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Lisboa, 10 de Abril. 1973

Querida Clara:
Bom dia. Desculpe-me não ter respondido mais cedo e desde já agradeço os seus votos de melhoras. Uma caminhada na praia e um mergulho de mar, evitaram a pharmacia.

Como me pediu, fui ter com o Rui «Devir» ao seu atelier. Liguei, combinado. Fui lá, porta aberta, de fácil trato e com uma delicadeza infantil deixou-me bastante à vontade passado tanto tempo de não o ver.
Clara, nada fazia prever que em 2005 quando começou a odisseia, se envolveria no universo de criação desta forma. Numa vontade de descoberta plena, o Rui falou-me da integração do conceito de devir na sua vida e trabalho. Andando às voltas pelo espaço, afirma conseguir moldar-se e utilizar diversas técnicas e linguagens de acordo com uma criatividade de comunicação tão necessária como comer. Um sonhador esfomeado.

Em primeira água, as várias experiências plásticas expostas, levaram-me a crer que estava num espaço de trabalho colectivo. Referi: - inconstante, indeciso e incoerente. Respondeu: - expansivo, nutritivo, consciente e sim, incoerente, como a realidade que nos é dada. Criados em diferentes momentos, os quadros respiram-no. Nenhum dia é igual ao outro e a agenda comprova-o. Aponta que lhe interessam estéticas em mutação que evoluem no sentir. Dinâmicas, no espaço e tempo interpretativo de quem coabita com as obras. Considera-as entidades em mutação. Por isso têm um nome derivado e integrado em processo e são transformadas até encontrarem quem delas tome cuide. A sua nova vida. Abrupta separação de momentos conectados a um fluxo. Apontei para trabalhos mais antigos e perguntei se sempre foi assim, ao que me respondeu que sim, sem o ter presente. Só experimentando, analisando o que faz, pulsando e vivendo processos de outros artistas o compreendeu. Confessou não sair muito porque nunca está sozinho e referiu que nada substitui a plasticidade e cristalização energética na matéria depositada num original. Por isto, diz amar museus, todo o tipo de intervenção e manifestação artística. Afirma gostar de tudo, que o foco da energia de criação manifestado em toda a arte e natureza é válido e passível de leitura. Compreendendo-o, anulou a palavra competição e prefere cooperação «porque tem dois ós».

Imagine; refere que somos gerações difíceis de esquecer; que numa perspectiva histórica, iremos integrar uma vivência que transitará do mecanicismo analógico para o digital microprocessado e que nessa tremenda transição, uma profunda e veloz alteração da percepção da realidade será imprimida. Os sistemas operativos, as relações, as emoções, o próprio conceito de humanidade será alterado e acredita que seremos exemplos bem estudados por futuras gerações. Disse-lhe que não compreendia do que falava, bebeu água e sussurrou: responsabilidade.
Neste discurso, Rui pareceu-me estar entre dois mundos. Fala sozinho e como uma criança, reclama baixinho que o amor é um elemento por descobrir e o veículo para outro estádio evolutivo. "Ainda agora começamos a andar. E caímos, estamos sempre a cair, em palavras que ecoam substituições faltas ausências e programações alheias que nos afastam". - Uns dos outros? Perguntei. - «Não, de nós mesmos e do todo.» Respondeu.
24 de Abril, afirma ser um bom dia porque coincidiu com os milhares de vezes com que o nosso artista reverberou com a palavra liberdade. Diz que nasceu em liberdade e que com ela seremos amamentados.

Como prometido, segue no verso o convite para PÃO - A exposição por Devir.
Mais uma coisa Clara. Convença a Teresa para que vá consigo. Soube que está muito grávida mas considero que lhe virá a ser útil ver o trabalho do Rui. Ela que leve a Constança pois gostava muito de as ver, saber como estão e o que andam a fazer. Espero-as bem, envies-lhe cumprimentos.

Sem mais, minha querida amiga, me despeço com elevada estima e amizade.


Sempre Sua,
Eufémia
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21 de abril de 2015

software




16 de abril de 2015

Quiz #1






Local. Data e hora.

14 de abril de 2015

13 de abril de 2015

Rio



Hoje é um bom dia. Na sequência da minha candidatura para a XVIII Bienal de V. N. de Cerveira, é com alegria que anuncio ter sido convidado a participar nos projectos de intervenção. Inauguração a 18 de Julho.

bienaldecerveira.org




11 de abril de 2015

Sublime







Detalhes da Escultura de José Rodrigues - O Esforço
Vila Nova de Cerveira
Março 2015

10 de abril de 2015

Esforço



Convento Sampaio
Terras de Cervaria

Corpo Diplomático









































Magia
As máscaras são os mais comuns e os mais inquietantes dos objectos, porque é da sua natureza afirmarem e negarem simultaneamente a mesma coisa, esconderem e revelarem, serem secretas e regulares.
No Ocidente moderno, as máscaras ficaram reduzidas à crítica social, centrando-se quase exclusivamente na relação entre indivíduos e grupos, numa adaptação ao novo senso comum que excluíra a matéria a sua ancestral dimensão imaterial.

Tradicionalmente, as máscaras equacionam a mundividência das relações entre os sujeitos humanos e não humanos. Não se trata, portanto, de uma encenação sobre o outro mas sobre a alteridade; trazem para o espaço contido e controlado dos humanos a desmesura dos seres com os quais não convivem, mas cuja existência é central na edificação de um pensamento que estabelece relações de continuidade entre matéria e o espírito, entre o objecto e o referente. Nesta ordem de ideias, as máscaras são os objectos referentes por excelência.
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Plataforma das Artes e Criatividade.
Colecção José Guimarães
Curadoria: Nuno Faria
Guimarães. 
14 de Março de 2015