19 de outubro de 2009

TMN




Primeiro Pontão ao Bugio
11:10:2009
10:32


Duas pessoas transportam atentas a sua sombra em direcção ao centro nevrálgico da entrada da barra do Tejo. Vários pescam. Outros pescados são. Alguns lá ficaram. Quando foi prisão. A tainha não presta tudo come. O pontão ainda está sólido. Bastante seco. Cheio de sede. Marginal. Poluição e azuis de Cascais. Eu disparei na sombra. Tu disparas-te ao Sol e depois da dança adormeces-te plácida. Acordas-te, e o sonho era real. Em vez de tainha, eras sargo cheio de dentes e mordes-te um isco sem querer. Alô? Estou sim? Era um inquérito de promoção. Uma caixa de correio sem noticias de ninguém. Carregada de papel. Tanto CMYKs, cortantes e envernizantes, obra feita, arte final, bem eleita. Vindima. Colheita. Ressaca maleita. Previsão disciplinada de doce sessão. Pedra. Mar e betão.
É Outono mas parece mesmo Verão.

1 comentário:

aiphos disse...

Escreves, largas, crias, poisas pensamentos como quem dá à luz. Talvez dês.
E leio-te, em jeito de remniscência. De uma coisa qualquer que agora já não lembro ter sido coisa alguma.
Isto pega-se. O escrever.
Pronto, pegou-se-me!