22 de setembro de 2024

Amado

 


Ama deo

 

 

 

 

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22 de julho de 2024

Carregado de fresco

 


 

Sonhos tépidos, coloridos por um silêncio abstracto.

Sequências de palavras encarriladas por rimas que me despertam de um sono tão necessário.

Suspiros encontrados na distancia de um encontro que me apazigua.

A cadência melódica de um mantra por compreender.

O café duplo e um queque que justificam a ardência de um cigarro.

Uma folha em branco mármore que casa com a vontade sem o desejo de preenchimento.

O desenho reencontro da caligrafia que me leva. Linhas como ondas de te ver no descobrir desfolhado dos mistérios do sentir.

Assobio a leveza de me descobrir na corrente de um dessaguar imprevisto, improviso.

Só, movimento-me e espero no inesperado que se sedimenta no fundo de um lago onde habitam carpas e nenufares alheios ao instante da leitura. Da sua inocente existência emana a  beleza irradiada na cintilância das águas que se agitam.

A voz cristalina de uma criança, uma montanha com socalcos, uma oração e o vento na copa dos plátanos, agora.

Observa-me a fotografia envelhecida de um piano empoeirado de memórias por tocar. Cada nota, cada acorde, cada silêncio diluído na partitura arranhada pela pena da idade. Tenho asas num corpo inteiro, frugal alquimia, alimento. Monumento.

 

Sabes meu bem, não se ganha a um espelho que não concorre. O ganho és tu na expansão estruturada da vida tão maior que nosotros. O infinito pulsar, o desenho por fazer que se desvenda no respiro de quem se põem a jeito de entender o medo.

O essencial fruta humildade na coerente vontade de cada ramo que brota do tronco que continua a raiz. Tem doçura nisto de que pensar as árvores que foram semente, noutro tempo, noutro estar. Elementar.

No reconhecimento dos opostos, transcendência é sinónimo de vida e dança-lo no calor da verdade disponível, a liberta liberdade servida na tua entrega, por, com e pelo amor a banhos numa segunda-feira de Sol.

 

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10 de julho de 2024

Paté de Shiitake


21 de junho de 2024

16 de junho de 2024

evid nce

 a

 


 

 "As coisas avançam devagar. Tenho no bolso a ponta de um lápis.

Qual o desafio? Escrever alguma coisa que possa comunicar a vários níveis, como um parábola, isenta do estigma de astúcia.

Qual o sonho? Escrever alguma coisa sublime, que seja melhor do que eu e que justifique as minhas provações e os meus erros. Oferecer uma prova, através de uma determinada maneira de usar as palavras, de que Deus existe.

Porque escrevo? O meu dedo como um estilete, desenha no ar um ponto de interrogação. Uma obsessão familiar de que me lembro desde criança quando me retirava das brincadeiras e do convívio com os amigos e me afastava da eventuais delícias do amor para ficar cercada de palavras e dominada por uma pulsão que me era externa.

Porque escrevemos?, pergunta em uníssono o grande coro de quem escreve.

Porque não nos podemos limitar a viver".


Patti Smith

in Devotion

10 de junho de 2024

 


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Hoje

 



Hoje

2024. 25x30cm

Óleo e colagem sobre tela

 

 

7 de junho de 2024

5 de junho de 2024

I don't know where I am going. I'm there all the time.

 


Intoxicated by love, i avoid fixed thems and terms embracing paradox. One way to trust, to essence, to the divine manifestation trough art.


Luanda. 2009

 

 

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22 de maio de 2024

Naif na selva

 


 Vivemos tempos gloriosos, de profunda transformação individual e colectiva. Tempos que confrontam o coração e condicionam a acção da Humanidade em clara evolução. Felizes os contemplados com o privilégio de poderem Ser, o que aqui vieram fazer. Na manifestação da sua alegria a revolução de todas as floras e faunas.

 Somos soma da força de criação da Mãe e a consciência do Pai. A unificação manifesta do Amor enquanto consciência divina da criação por muito plástico que uses, fales ou cantes.

 Reconhecer e abraçar as polaridades do Ser é caminho para a revelação do propósito de cada um num todo integrado em harmonia. No reconhecimento da oposição de forças, superação é sinónimo de vida e dança-lo no calor da verdade disponível, a liberta liberdade que já não pode esperar.

 O amor sana e fruindo liberto, unifica-nos.

 

 

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11 de maio de 2024

Juma

 


 

Maio 2024
Acrílica sobre cartão
70x50cm

Aos 4 dias de formação presencial fechei cada dia neste trabalho. Único e irreversível como a entrega, o cuidado e o sentido de responsabilidade da Cátia Leitão. A compreensão e integração das polaridades que nos integram são um caminho. Para a Liberdade.

30 de abril de 2024

Co-criando com Clara

 


The conversation that never took place

serie: Co-criando com Clara (o pássaro amigo)

Acrilica sobre tampo PVC reciclado 

59x59 cm

16 de abril de 2024

Entendimento & Concórdia


- Entendimento & Concórdia -

Tinta acrílica sobre madeira. 59.5 x 52.3x1,6 cm

2024



 

 

 

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27 de março de 2024

i know what you did last night

 


 80x80. Acrilic on streched canvas

 

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25 de março de 2024

Blood of Eden

Verão na Casa Curação de Ambrósia. Olhando o retrato senti que o pintaria. Esse sentir acabou por declinar na encomenda de, com liberdade, o pintar. Durante a pintura desse quadro, fiz 3 estudos que acabariam por ser a base de um segundo quadro.

Durante o processo considerei o amor, amor entre homem e mulher, emanência e recepção, matéria e espírito, dualidade e a integração da mesma num relacionamento entre dois seres em continuo reconhecimento. Dois amigos, dois irmãos, dois amantes.

A análise do arcano maior Amantes no decorrer do processo viria a ser um momento chave no desenvolvimento e reinterpretação da pintura.

Lá em cima, Marte e Vénus, depois de um largo período de afastamento e aproximação reencontraram-se em complemento.

 


 Fernando & Joana

Óleo sobre contraplacado marítimo. 34,5x59

 Série Mimos de Ambrósia. 2023

 

  

 Esboço 3. Caderno 9


Blood of Eden

Óleo e acrílica sobre canvas panel Phoenix (E5310). 35x45cm

Série Mimos de Ambrósia. 2024 

Devir


24 de março de 2024

Fonte

 


 

Estou onde tenho de estar.

Permito-me um atravessar por outras pontes que levam á montanha. Serviço.

…e este sentimento de morte num corpo activado, amado e desejado é o despontar da semente germinando em solo fértil, por isso sagrado.

Sinfonia de pássaros num claustro.

Cheiro de laranja e nêsperas a amadurecer.

Ardem velas num altar.

Num reflexo demorado no olhar de alguém, o vento nas copas do cabelo sopra o nascimento do momento de um parto sem dor que no meu peito segreda:

- chegas-te a casa, não tenhas medo, o que antes era medonho,

meus amores, é um sonho.

Estou onde tenho de estar...

permito-me a dançar humildade com vagar...

 

23 de março de 2024

Maltesers

 



 

 

 

 

 

19 de março de 2024

Cookies

 


14 de março de 2024

Late winter flowers

 


Vanitas, pintura instalação de Aryz pela Underdogs no Panteão

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10 de março de 2024

loopiloo

 


 

 

8 de março de 2024

23 de fevereiro de 2024

Algodão em rama


 

 

Água de rosas, algodão em rama.

Hoje acordei de novo como bóia amarrada no bombordo das palavras por conter.

Não contenhas. Numa parede por caiar, li um dia que conter é verbo alagado de nós e nãos e nadas e portas batidas fechadas no trinco, que só se abrem com cuidar.

Cho co la te. Cho co la te. Navegava num mar de cho co la te  quando na minha mão a vi dizer inteira:  

- “A poesia, vai salvar o mundo”. Retorceu na sua língua um esperanto tsunami que tudo levou por ser crente cardíaco compulsivo e calvo. Fiquei à deriva.

Sem alternativa, achei que morria, mas Boca-a-boca, fui resgatado por um tapete voante de retalhos feito por canetas de tinta de choco pescado á candela nas noites temperadas do verão.

Esfarrapado pela intempérie de Hollywood, fui encontrado pela meia maré a encher numa praia postal com pocinhas de concha mimadas pela dança das algas que te ofereci. Sem redundâncias nem pesos por pesar.

Ai, nessa costa lá, apareceu. Corpo nú e delgado, um pedaço de palmeira na mão e carregando o som do marulhar de todas as ondas, um homem. Apareceu.

Deu-me água de coco, um abraço e a companhia silenciosa de todas as catedrais. E desapareceu dali ficando aqui, de onde nunca mais saiu.

Água de rosas, algodão em rama, um momento tão absurdo quanto um mundo com fronteiras e contentores. Naufragado.