10 de setembro de 2012

Saída



São Domingos
1992
 
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Se houver alimento durante o inverno, os melros não se importam nada de permanecer no seu território durante todo o ano, mas também adoptam aquela do “ ir para fora cá dentro” pois ao que parece ocupam varias zonas diferentes. É engraçado que é precisamente quando tem necessidade de emigrar, é que eles são mais sociáveis, nessa altura formam pequenos bandos noctívagos. (Lua)
Reflectir se tal como o melro é o momento para percorrermos um caminho mais solitário e independente, empreendermos uma jornada interna ou por outro lado, se é hora para sermos mais sociais e emigrarmos, nem que seja viajando para fora, cá dentro.
Estão conectados com as florestas de folha caduca  (onde tudo morre ficando só os galhos e o caule para armazenarem a água que se perde pela evaporação) com vegetação rasteira densa, que é onde gostam de viver, mas também gostam bastante de áreas com arbustos, jardins, campos de cultivo ou parques mesmo em zonas urbanas.
Corre nas veias do melro o sangue de caçador principalmente na altura de fazer os ninhos… durante o outono/ Inverno, retira-se dessa função e torna-se mais vegetariano, alimentando-se principalmente de azeitonas, uvas, de hera e, Viscum , sabugueiro murta, azevinho,  entre outros. Plantas árvores e frutos a que nos devemos conectar para fortalecer a medicina do melro.
Resumindo os melros são seres com muita magia, muitos dons, talentos e poderes criativos, e têm muita facilidade em expressar não só os seus próprios poderes, a sua própria Voz e como múltiplas vozes do Grande Espirito. Algo para meditar.
O melro pede-nos para sermos mais independentes, quanto mais expressarmos os nossos dons, talentos, poderes criativos, as nossas emoções e sentimentos; Quanto mais expressarmos a Voz da nossa alma e Espirito mais fluirá através de nós. O chacra laríngeo e a Voz são muito importantes para o melro e por isso desperta-nos também especificamente para os talentos criativos ou curadores através da Voz, canto, mantras….
Tal é a sua mutabilidade, flexibilidade, a sua capacidade de se adaptar que consegue mudar de voz e se necessário de espaço com descrição e facilidade. Se o Melro-preto aparecer traz-nos uma viagem aos reinos misteriosos da magia, xamanismo, ocultismo, misticismo, da revelação, presságios, inspiração, contactos com o Void, o útero e túmulo da Vida, o submundo, Vida/Morte, portais, conectados também á energia de eclipse.
Conectar com o outro lado do véu e o trazer de lá mensagens inspiração e sabedoria. Destacando as mensagens e apoio dos animais (r.animal).  Ir á Raiz do coração para trazer a solução. A energia do subconsciente, aos estados alterados de consciência, yoga , meditação, transe, os poderes da energia feminina lunar, sexual, magnetismo, Kundalini, as Forças da Mãe Natureza, os ciclos e as mudanças, transições. O Co-Criar, encantar, o enraizar o espiritual na terra, o espírito na matéria. Desperta-nos para ouvir conhecer e expressar o Chamado divino, o propósito-vontade maior.
 Contemplar o grande mistério, adentrar o desconhecido.
 O melro relembra-nos ainda que ás vezes é necessário uma energia mais activa e assertiva, estabelecer limites, criar a nossa própria segurança, protegermos o nosso território. É importante fortalecer a nossa estrutura que necessita de estar nutrida, forte e enraizada, através da qual possamos então criar a magia (objetivo, ideal, sonho) que queremos ver manifestada, ou cumprir o nosso propósito maior, partilhar os nossos dons e poderes criativos. Por outro lado mostra-nos que temos que nos saber adaptar e que ás vezes é preciso voar rapidamente ou realizar um mergulho profundo. Ar (mental) e água (emocional-subconsciente). Importante não fazer o elemento água evaporar ou transbordar excessivamente. Encontrar a ponte e equilíbrio entre o espírito e a matéria. O trabalho do equilíbrio com os 5 elementos.
Na antiguidade foi conectado por um lado ás forças destruidoras e do submundo e por outro a energias auspiciosas e a paz, o que confirma mais uma vez a relação desta ave com a Deusa Negra Mãe da Vida/Morte. Na mitologia estão conectados á deusa Rhiannon e os seus 3 pássaros negros, que se senta e cantam na árvore do mundo. Diz-se que o seu canto pode adormecer os vivos e despertar os mortos, outra versão é que pode colocar os ouvintes num transe que os transporta para outros mundo/dimensões e que podem partilhar segredos místicos. 
 
2312023

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