"... Eu repito - prosseguiu com o dedo indicador em riste, enquanto na outra mão o copo cheio tremia - repito: daí resulta a nossa obrigação religiosa de sentir. O nosso sentimento - compreende? - é a força viril que desperta a vida. A Vida está a dormir. Quer ser acordada para celebrar as bodas orgíacas com o sentimento divino. Porque o sentimento, jovem, é divino. O homem é divino na medida em que é sensível. É a sensibilidade de Deus. Deus criou-o para sentir por intermédio dele. O homem é apenas o órgão por meio do qual Deus realiza as suas bodas com a vida desperta e ébria. O homem que fracassa quanto à sensibilidade, avilta a Deus, e a derrota da força viril de Deus, é uma catástrofe cósmica, de um horror inimaginável"...
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