20 de maio de 2010

Fenómeno



O Pedro Cunha é um dos melhores artistas plásticos que conheço. Um Pintor com um grande coração que na passada Quinta dia 20 inaugurou a sua última exposição. Uma mostra de trabalho a que chamou Colectiva. As suas diferentes fases, personalidades, universos, temperamentos e técnicas permitiram que o fizesse. E nessa noite os poucos que lá estavam foram confrontados com um dos mais impressionates conjuntos de trabalhos que já tive o prazer de ver. É importante ver a Coletiva do Pedro Cunha porque ele é mais um dos que não existe. Dos que ninguém conhece. Dos que é melhor nem conhecer porque pode mesmo ser a doer. Mas existe. E existirá. A mim doeu de prazer. Obrigado Pedro. O futuro é agora.

Sala das Colunas - Lx Factory
Até 20 de Junho. 2010.




Foto: Malgorzata Pawlikowska




























...

2 comentários:

Devir disse...

Na parte de trás de uma das obras estava escrito:

São no tempo que caminha
A personificação melancólica em movimento
Uma representação com vida
a longa história dos elementos
E a metáfora???
Esta, pronta, no gelo
Do berço sem medo
a manifestação do encontro escondido
Em celebração
do não cumprido
instrumento de Deus
filhos da natureza
sem pressa nem tempo
Da união
a representação num momento
Fartos, saltos, prontos
Ecos dos medos de antes
das histórias que contam
das experiências encontradas
uma iluminação motivada
envolta de água
tremendo indesejado
Concluído na memória do passado
a ancora lançada
A celebração vigorosa
o primeiro momento
do próximo futuro
são homens e mulheres
são no feminino e no masculino
uma representação da alma
em desejo
é sinfónico o diálogo
melodiosa a música que aqui corre
e os embala
é incondicional
eterno
da alma dos que vêm
o registo herda-me
São Sol e Lua
quando a noite se levanta
são amor eterno
a razão da sua dança
e são aqui
partes do organismo
células da convicção
na tal dimensão
onde seres do invisível
se encontram
numa noite bem escura
numa noite de segredos
se reúnem
cruzam-se
madrugam
são fogo
são a essência que dura
pura
na memória que se identifica
e se densifica
sem saudade
um conforto longe
continuado
são passado
assim bem recebido neste momento registado
A besta que balança
o que não sente medo
o que descansa
e
dura neste segredo
o progenitor
e a presa
este lugar
o reflexo no espelho
o que resulta
somos gastas partes completas
como eles
vivos
personificados em corpos de carne
a metáfora responsável
o universo do universo
o tremendo frio
o segundo
o registo teu
neste momento de todos
deles
e como eles
assim nos desejamos
assim seremos
assim somos
seres de alma
eternos.

Pedro Cunha

aiphos disse...

Isto é muitA Bom!
Tanto tempo sem cá vir, dá nisto. Hei-De-Vir. Mais vezes.
E é isto!