10 de abril de 2015

Corpo Diplomático









































Magia
As máscaras são os mais comuns e os mais inquietantes dos objectos, porque é da sua natureza afirmarem e negarem simultaneamente a mesma coisa, esconderem e revelarem, serem secretas e regulares.
No Ocidente moderno, as máscaras ficaram reduzidas à crítica social, centrando-se quase exclusivamente na relação entre indivíduos e grupos, numa adaptação ao novo senso comum que excluíra a matéria a sua ancestral dimensão imaterial.

Tradicionalmente, as máscaras equacionam a mundividência das relações entre os sujeitos humanos e não humanos. Não se trata, portanto, de uma encenação sobre o outro mas sobre a alteridade; trazem para o espaço contido e controlado dos humanos a desmesura dos seres com os quais não convivem, mas cuja existência é central na edificação de um pensamento que estabelece relações de continuidade entre matéria e o espírito, entre o objecto e o referente. Nesta ordem de ideias, as máscaras são os objectos referentes por excelência.
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Plataforma das Artes e Criatividade.
Colecção José Guimarães
Curadoria: Nuno Faria
Guimarães. 
14 de Março de 2015




2 comentários:

Devir disse...

... entretanto, na margem com a brisa de uma sombra, dois homens nus debruçam-se desenham sobre os veios e nós da madeira. Discutem entre formas a vida, memórias e futuro, a fertilidade dos sonhos visões de um, a técnica de encontro esculpido na madeira do outro. No fumo ancestral, na devoção cerimonial o invisível deixa de o ser e gravado é entregue. Em África.

Devir disse...

http://www.nytimes.com/interactive/2015/10/01/arts/design/kongo-power-figure-mangaaka-met-museum.html?_r=0